Sensoriamento Remoto
O sensoriamento remoto é a técnica de obtenção de informações de um objeto, área ou fenômeno localizado na Terra, sem que haja contato físico com o mesmo. Essas informações podem ser obtidas por meio de radiação eletromagnética gerada por fontes naturais (sensor passivo), como o Sol, ou por fontes artificiais (sensor ativo), como o radar. As informações são apresentadas sob a forma de imagens, sendo mais utilizadas, atualmente, aquelas captadas por sensores óticos orbitais carregados por satélites. Os sensores imageadores são as “máquinas fotográficas” dos satélites.
Satélite de sensoriamento remoto
Os sensores ativos usam fonte de radiação própria (setas cinzas) e os sensores passivos usam a radiação externa (setas laranjas).
Fonte: IBGE, Diretoria de Geociências, Coordenação de Cartografia e Coordenação de Meio Ambiente.
Os satélites, girando numa órbita em torno da Terra, levam consigo um sensor capaz de emitir e/ou receber a energia eletromagnética refletida da Terra.As imagens orbitais possibilitam muitas aplicações, como o mapeamento e a atualização de dados cartográficos e temáticos, a produção de dados meteorológicos e a avaliação de impactos ambientais.
A imagem de satélite tem formato digital e sua interpretação e análise dependem de recursos computacionais. Ela é formada por pequenas células individualmente conhecidas como pixels. O conjunto de pixels fornece todas as informações que compõem uma imagem completa.
A dimensão do pixel define a resolução espacial da imagem: quanto menor a sua dimensão, maior é a resolução espacial da imagem e maior a capacidade de distinguir e definir alvos pequenos.As imagens de satélite permitem identificar objetos presentes nas imagens por meio do processo chamado de interpretação. A interpretação de imagens utiliza as chamadas “chaves de interpretação” que são representados pelos seguintes aspectos: cor, forma, tamanho, textura e localização.
Ilustração do princípio de funcionamento do instrumento dedicado a imageamento em estereoscopia no satélite SPOT 5
Ilustração: David Ducros/CNES, 2002.
As imagens de satélite permitem identificar objetos presentes nas imagens por meio do processo chamado de interpretação. A interpretação de imagens utiliza as denominadas “chaves de interpretação”, que são representadas pelos seguintes aspectos: cor, forma, tamanho, textura e localização. Como exemplo, na imagem acima, obtida pelo satélite Landsat-9 e composta em falsa cor, é possível identificar alguns elementos geográficos de parte do Município do Rio de Janeiro. A área urbana do município é identificada pela cor roxa e textura ligeiramente rugosa; a vegetação florestal pela cor verde e forma irregular; o mangue pela cor verde, textura lisa e localização próxima da faixa litorânea; o oceano pela cor azul escura e pela extensão (ocupa quase metade da imagem); os corpos d’água (lagoa e represa) aparecem em azul escuro e têm forma irregular; as montanhas são identificadas pela textura rugosa, com o relevo dissecado pela drenagem, e cobertas, de maneira geral, por vegetação florestal.
Imagem do satélite Landsat-9, instrumento OLI-2, com data de aquisição em 29 de abril de 2022
Extraída de: Geological Survey (U.S.) (2022). Adaptada.
A seguir, destacamos alguns dos principais programas de satélites utilizados para mapeamento.