Sistema Global de Navegação por Satélite (GNSS) refere-se à constelação de satélites que possibilita o posicionamento em tempo real de objetos, bem como a navegação em terra ou mar. Esses sistemas são utilizados em diversas áreas, como mapeamentos topográficos e geodésicos, aviação, navegação marítima e terrestre, monitoramento de frotas, demarcação de fronteiras, agricultura de precisão, entre outros usos.
O video abaixo mostra uma constelação de satélites.
A performance desses sistemas é avaliada segundo os seguintes critérios:
- precisão: a diferença entre a medição recebida e a posição real;
- integridade: a capacidade do sistema soltar um alerta quando detectar uma medição anormal;
- continuidade: capacidade do sistema trabalhar sem interrupções;
- disponibilidade: percentual do tempo que o sistema preenche os requisitos anteriores (precisão, integridade e continuidade).
O sistema NAVSTAR-GPS, desenvolvido e controlado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos – inicialmente para fins militares e posteriormente aberto para uso civil –, até hoje é o sistema mais utilizado no mundo. Trabalha com uma constelação de 31 satélites, de forma a garantir que sempre tenham, ao menos, 24 satélites operando, distribuídos em seis órbitas, a uma altitude aproximada de 20 200 km da superfície terrestre.
Além do sistema GPS, outros países vêm trabalhando seus sistemas de posicionamento regional ou global, buscando com isso tornarem-se independentes e autonômos na aquisição de dados georreferenciados, sendo os principais:
- GLONASS: o sistema global de posicionamento por satélites rus so foi desenvolvido inicialmente para fins militares pela antiga União Soviética e, no meio do processo, foi aberto também para o uso civil. Com a extinção da URSS, a Federação Russa continuou sua implantação, tornandose completamente operacional em 2011. O sistema opera com uma constelação de 24 satélites distribuídos em três planos orbitais, a uma altitude aproximada de 19 100 km.
- Galileo: Sistema de posicionamento por satélite de iniciativa civil, desenvolvido e operado pela Comunidade Europeia, cuja constelação completa, prevista para 2020, será de trinta satélites, incluindo os seis extras para reposição, distribuídos em três planos orbitais, a uma altitude aproximada de 23 222 km. O sistema Galileo é interoperável com os sistemas GPS e GLONASS, o que possibilita medições mais precisas.
- BeiDou/BDS: também conhecido por Compass, este sistema de posicionamento foi desenvolvido e operado pela China, e opera regionalmente no momento, mas com previsão de cobertura global, com 35 satélites (cinco satélites geoestacionários e trinta não geoestacionários), até 2020. Assim como o Galileo, o BeiDou também é projetado para ser interoperável com os outros sistemas de geolocalização citados anteriormente.
O video abaixo mostra um exemplo de como se faz o levantamento de coordenadas.
O IBGE opera uma rede de estações permanentes – Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo dos Sistemas GNSS (RBMC) – composta por 146 estações, em 2018. Estas estações constituem uma ferramenta de suporte para a utilização desta tecnologia no Brasil e o principal elo de ligação com os sistemas de referência internacionais.
Estação de RBMC em Viçosa.